Wednesday, November 03, 2010

Quanto mais sinto mais quero me enfiar no limbo que é amanhecer ao léu, com frio e sem sono, "cê não tem um cigarro aí, não?", querendo mais, mais, mais, que anoiteça por favor! Que saiam os tigres de papel de seus esconderijos e se percam no confuso artifício da embriaguez. Na confusa vontade de não ser. Na corda bamba entre amar e fazer mal. Nas entrelinhas de olhos e mãos. Nas horas que ainda faltam.
Há muito tempo os filmes que vejo deixaram de ser felizes. As mocinhas são confusas e os heróis, geralmente, cheiram à cerveja e fumo. E me olhando assim, de perto, tenho a quase impressão de que sou mais um dos inúmeros figurantes dentro da história, a qual, pensei que fosse a minha.
E tento, agora, esquecer das cenas, falas e os finais de frase a rimar. As mais verdadeiras serão as mais duras, sufocantes e curtas. O que vai ficar no final será desorientação, dúvida e nenhuma resposta.
Tudo tem prazo de validade. Tudo.
Então, tapa-me a boca e vem.

2 Comments:

Anonymous Camila said...

Nenhum texto fez tanto sentido como o seu fez para mim agora. Compartilho...

4:58 AM  
Blogger João Maria Ludugero said...

Vim te convidar para passar lá no meu blog de Poesias.
Se gostar e quiser me adicionar, vou gostar de ter por lá seus coments.
Felicidades! bom final de semana!
Abraços,
João,poeta
www.ludugero.blogspot.com
Amei, amei seu texto de verdade.
Maravilha!!! Já te 'persigo".

4:29 PM  

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